sexta-feira, 25 de junho de 2010

Je pense, donc je suis!

"Sabemos que os poderosos têm medo do pensamento, pois o poder é mais forte se ninguém pensar, se todo mundo aceitar as coisas como elas são, ou melhor, como nos dizem e nos fazem acreditar como elas são. Para os poderosos de Atenas, Sócrates tornara-se um perigo, pois fazia a juventude pensar. Por isso, eles o acusaram de desrespeitar os deuses, corromper os jovens e violar as leis. Levado perante a assembléia, Sócrates não se defendeu e foi condenado a tomar um veneno - a cicuta - e obrigado a suicidar-se.
Por que Sócrates não se defendeu?
'Porque' dizia ele, 'se eu me defender, estarei aceitando as acusações, e eu não as aceito. Se eu me defender , o que os juízes vão exigir de mim? Que eu pare de filosofar. Mas eu prefiro a morte a ter que renunciar à filosofia."

Cláudio Vicentino - História Geral.

domingo, 20 de junho de 2010

Dependência ou morte.


Sempre achei certo o prazer da independência, a vontade de ser livre de não ter algo lhe prendendo, sempre defendi a idéia que os países não poderiam viver eternamente sendo colônias de suas metrópoles.
Mas, se essa dependência for benéfica? É, eu acredito que só existe uma possibilidade de uma “dependência” fazer bem ao ser humano. Quando dependemos exclusivamente de Deus.
Pois, quando dependemos d’Ele, passamos a precisar d’Ele, e debaixo das suas asas nada pode nos atingir.
A dependência para com Deus tira o sentindo de preso, de algemados, pois, dependentes de Deus somos livres. Mas que paradoxo!
Se não dependemos d’Ele, somos presos ao pecado, escravizado pelo mesmo, servimos de colônia para aquele que só veio matar, roubar e destruir.
A verdade do Senhor transforma o nosso ser, dá um novo rumo ao nosso viver, traz paz, alegria, faz de nós sua justiça.
Depender, precisar d’Ele faz sua presença nosso abrigo.
Livre sou, pois, dependente teu, eu sou. Ou dependo, ou morro!


domingo, 6 de junho de 2010


O sol entrava pela janela, como um beijar de um rosto ainda adormecido, lentamente acorda com a investida dos raios que chocam com a escuridão.
Com os olhos já abertos olhou para um sol que ainda não brilhava pelo menos para ela. Naquele dia tudo continuava igual um quarto trancado num antes que não consegue ver o agora, as lágrimas marcam o dia normal inundado de perguntas sem resposta. Ela perguntava o porquê de toda aquela dor e o sol lá fora começara a brilhar talvez de uma forma como nunca havia feito desde aquele fatídico dia. Sentiu uma esperança a invadir aquele corpo mutilado e a acordar aquela esperança enfraquecida, lentamente caminhou em direcção a um espelho escondido no quarto virado ao contrário dentro de um armário. A coragem ia enfraquecendo a cada passo dado. Ao abrir a porta do armário o sol brilhou ainda mais... Ela sentiu que brilhou só para ela.
Olhou-se durante breves segundos, o silêncio superiorizou-se ao brilhar de um sol. As lágrimas começaram a escorrer mas desta vez de olhos abertos aos poucos e poucos poisou o espelho sem o virar ao contrário vestiu-se e saiu do quarto... sem o rasto de medo, sem a dor da ausência da esperança. Beijou os pais e o irmão e partiu em busca de uma vida que estava a perder. Naquela sala fechada sem janelas o sol também brilhou e iluminou as vidas que com ela se estavam a apagar.
Não poderia deixar que as circunstâncias ofuscasse o brilho do sol, tirando o que o ser humano pode fazer de mais bonito: sonhar!
Fizeste o sol brilhar pra mim, reconheço que Tu és o Deus da criação.