terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dois pesos, duas medidas.

De acordo com o conceito geral, educação significa ato ou efeito de educar. No entanto para educar um indivíduo tem que existir imposições e limites; polidez, generosidade, que moldará o seu caráter. É essa educação que recebemos da família. Mas não recebemos educação somente da família, pois, cada país carrega consigo uma cultura, um modo, uma educação.
Todavia se formos olhar por esse ângulo, o Brasil não conta uma linda história de educação, como a história da independência e das grandes conquistas.
Os portugueses ao chegar no Brasil, iniciou um vultuoso processo de exploração indígena, aguçando nesses o prazer de enriquecer. Com a chegada dos jesuítas, pensávamos que fosse mudar algo, mas, ao invés da educação, implantaram a mudança de religião, de cultura, tirando do índio sua iniciativa de opinar.
Dom João VI, tratou no Brasil, como uma colônia qualquer, usufruiu de sua riqueza, deixando população na condição de conformidade, e deixando totalmente contraditório o verdadeiro sentido da educação. E mesmo com a independência, com o voto, Getúlio Vargas cala a população com uma ditadura e uma desastrosa repressão.
Por isso, não temos a educação adequada, desde os primórdios que somos educados na base do dinheiro e da preguiça, desde muito cedo, potências têm facilidade de nos persuadir.
Hoje, as coisas não são diferentes, a população vive dentro de uma acomodação irracional. Deixa a educação em segundo plano, enquanto abusam de programas sociais que o governo Federal oferece, que na teoria só beneficiam, mais na prática acostumam os beneficiados a não estudar, a não trabalhar. O Brasil vive o ápice do absurdo, onde gasta-se mais com um detento (cerca de R$ 6,00 reis por dia), de que com um aluno (cerca de R$ 1,00 real por dia), ou seja, o que podemos esperar de um país que presa por criminalidade no lugar da educação? Portanto, é quase impossível contar uma história diferente sobre educação aos nossos próximos descendentes. Pois numa época em que especialistas de ensino se preocupam em como adaptar a educação às novas tecnologias, que avançam cada vez mais rápido, o Brasil ainda tem pelo menos 16 milhões de analfabetos, o que representa 13,6% das pessoas com 15 anos ou mais. Enquanto o país não investir de verdade em educação, continuaremos a ver os mesmos políticos, os mesmos juízes, e as mesmas mazelas de sempre.
Essa é a raiz da questão. Educação! Enquanto não houver investimento pesado nessa área, continuaremos a somente lamentar os escândalos, violência e corrupção.